No
carnaval, é comum as pessoas se fantasiarem. Faz parte da tradição popular. Principalmente
aqui no Brasil, onde somos bastante irreverentes, vemos de tudo: homens
fantasiados de mulher, mulheres fantasiadas de homem, pessoas fantasiadas de
políticos, de super-heróis, de personalidades, etc. Cada folião, por meio de
sua fantasia, por mais simples que seja, mostra seu lado B, uma vontade, um
desejo incontido.
Eu
também tenho minhas fantasias de carnaval. Pelo menos, as minhas vontades.
Nesse carnaval, por exemplo, gostaria de sair de taxista. Como assim? Devem
estar perguntando meus quatros leitores.
Gostaria
de ser um taxista de uma cidade grande, como São Paulo, Rio, BH ou Brasília. Explico.
Taxista, numa cidade assim, deve receber todos os dias, o tempo todo, um sem
número de matéria-prima para sua imaginação.
Pelo
táxi, devem passar as mais diferentes figuras da vida urbana: casais brigando,
pessoas estressadas, com toques, falando muito, falando pouco, aquelas que
contam suas vidas em minutos, as que pedem conselhos, as contadoras de casos, as
engraçadas, as carentes. Uma infinidade de figuras!
Um
táxi é como uma mistura de um divã com um confessionário, ou seja, um parque de
diversões para um cronista!
Dentro
de um táxi, o cronista nunca teria falta de assunto. A inspiração viria até ele,
como um cão abanando o rabo atrás de carinho.
Neste
carnaval, quero ficar dentro de um táxi e alimentar minha imaginação de
personagens reais e imaginários. Pois deles tanto gosto como tanto preciso.
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