sábado, 1 de março de 2014

Fantasia de Carnaval


 
              No carnaval, é comum as pessoas se fantasiarem. Faz parte da tradição popular. Principalmente aqui no Brasil, onde somos bastante irreverentes, vemos de tudo: homens fantasiados de mulher, mulheres fantasiadas de homem, pessoas fantasiadas de políticos, de super-heróis, de personalidades, etc. Cada folião, por meio de sua fantasia, por mais simples que seja, mostra seu lado B, uma vontade, um desejo incontido.
 
              Eu também tenho minhas fantasias de carnaval. Pelo menos, as minhas vontades. Nesse carnaval, por exemplo, gostaria de sair de taxista. Como assim? Devem estar perguntando meus quatros leitores.
 
              Gostaria de ser um taxista de uma cidade grande, como São Paulo, Rio, BH ou Brasília. Explico. Taxista, numa cidade assim, deve receber todos os dias, o tempo todo, um sem número de matéria-prima para sua imaginação.
 
              Pelo táxi, devem passar as mais diferentes figuras da vida urbana: casais brigando, pessoas estressadas, com toques, falando muito, falando pouco, aquelas que contam suas vidas em minutos, as que pedem conselhos, as contadoras de casos, as engraçadas, as carentes. Uma infinidade de figuras!
 
              Um táxi é como uma mistura de um divã com um confessionário, ou seja, um parque de diversões para um cronista!
 
              Dentro de um táxi, o cronista nunca teria falta de assunto. A inspiração viria até ele, como um cão abanando o rabo atrás de carinho.
 
              Neste carnaval, quero ficar dentro de um táxi e alimentar minha imaginação de personagens reais e imaginários. Pois deles tanto gosto como tanto preciso.
  

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