Como
de costume, a nova música do Roberto Carlos “Esse cara sou eu” tem feito o
maior sucesso. De maneira um pouco diferente, tem feito muito sucesso na
internet, reduto dos mais jovens, não tão acostumados com as letras românticas
do Rei. Alguns até gostam, mas a grande maioria faz piada com a letra, dizendo
que o “cara” é obsessivo, pegajoso, ciumento, dominador, chato, entre outras
“qualidades”. Tem uma versão, inclusive, que encerra sugerindo: “fuja do cara”.
Nada
de surpreendente. Nos dias de hoje, é assim mesmo: ser romântico está fora de
moda. Na moda mesmo é ter um bom carro, usar roupas de grife, viajar para o
exterior, escutar música eletrônica, fazer academia todos os dias, viver cercado
de aparelhos eletrônicos e outras coisas do tipo. Ser romântico,
definitivamente, é coisa do passado.
Mas
eu não tenho mesmo jeito, por gostar tanto das causas perdidas, sou romântico. Sou
daqueles de ler e declamar velhos sonetos de Vinícius de Morais. Sou daqueles
de ouvir as músicas do Roberto Carlos. Sou daqueles de me emocionar com antigos
filmes de amor.
Estou
fora de moda, eu sei, mas ainda acredito na delicadeza de um beijo na mão. Estou
fora de moda, eu sei, mas ainda corro para abrir a porta do carro para a minha
amada. Estou fora de moda, eu sei, mas gosto de mandar flores. Não tenho
vergonha de ser romântico, de me mostrar apaixonado, de ligar para a pessoa
toda hora, de dizer que estou com saudades, de dizer a cada momento: te amo.
Gosto
de andar de mãos dadas. Gosto de dançar na chuva. Gosto de ter uma música para
chamar de nossa. Gosto de dar pequenos presentes para ganhar belos sorrisos. Gosto
de ser intenso. Gosto de estar apaixonado.
A
frase “te amo” na minha boca não precisa de um momento, de cerimônia, de tempo
de convivência, de um clima perfeito. A frase “te amo” na minha boca foi feita
para ser dita e ser ouvida. Foi feita para o hoje. Foi feita para fazer a outra
pessoa feliz. Não tenho vergonha nenhuma de confessar: adoro dizer “te amo”.
Por
tudo isso, esta música do Roberto Carlos me tocou bastante, pois fala de um
romantismo que é tão meu, que eu gosto muito. Podem até me chamar de chato, de obsessivo, do
que quiserem, mas acho que este cara sou eu.